Irmãos Trump ampliam participação em bitcoin para US$ 415 milhões
A American Bitcoin (ABTC), uma empresa que atua na tesouraria e mineração de Bitcoin e que conta com o apoio de Eric Trump e Donald Trump Jr., ampliou suas participações no mercado. Recentemente, a empresa anunciou que possui agora 4.004 BTC, o que equivale a aproximadamente US$ 415 milhões. Esse incremento é um reflexo de suas aquisições realizadas entre 24 de outubro e 5 de novembro, período em que comprou 139 Bitcoins, avaliados em mais de US$ 14 milhões.
A ABTC se destaca como a 25ª maior tesouraria de Bitcoin, segundo dados do site bitcointreasuries.net. Eric Trump, cofundador e diretor de estratégia da empresa, comentou sobre a expansão das suas participações, ressaltando que a empresa adota uma estratégia combinada que envolve tanto operações de mineração em grande escala quanto compras cuidadosas no mercado.
A American Bitcoin foi criada a partir da fusão de uma entidade dos irmãos Trump, feita no início deste ano, com a mineradora canadense Hut 8. Posteriormente, essa colaboração se uniu à Gryphon Digital Mining através de uma fusão de ações. Importante notar que a Gryphon já estava listada publicamente antes da fusão.
Atualmente, a ABTC faz parte de mais de 200 empresas que estão na bolsa de valores, muitas das quais não são diretamente ligadas ao setor de criptomoedas. Essas empresas seguem a abordagem conhecida como Strategy, que na verdade foi o nome original da MicroStrategy. Em agosto de 2020, a MicroStrategy decidiu mudar seu foco, passando a investir em Bitcoin para oferecer melhores retornos aos seus acionistas, especialmente em um momento em que suas ações estavam em declínio. Hoje, a empresa possui mais de 641.000 Bitcoins, avaliados em cerca de US$ 66 bilhões.
O setor de mineração de Bitcoin geralmente demanda grandes investimentos em infraestrutura, como armazéns recheados de equipamentos de computação sofisticados e caros. Esses dispositivos são responsáveis por processar transações e cunhar novas moedas na maior rede de criptomoedas do mundo. Contudo, com a recente desaceleração do valor do Bitcoin e os desafios crescentes na mineração, a situação tem sido complicada. O halving do Bitcoin que ocorreu no ano passado reduziu pela metade as recompensas para validação de transações na blockchain, passando de 6,25 para 3,125 BTC.
Diante de um cenário em que a mineração se tornou menos lucrativa, muitos mineradores decidiram migrar para computação voltada para inteligência artificial, buscando assim gerar novas fontes de receita. Essa transição mostra como o setor está em constante evolução e adaptação às mudanças do mercado.





